A comissão de negociação da FNLA acordou a continuidade de Lucas Ngonda na liderança deste partido por mais 14 meses, até à realização do congresso extraordinário.
Esta informação foi avançada ao jornal “O País” pelo porta-voz da FNLA, Gerónimo Makanda, tendo explicado que, findo o período de 14 meses e duas semanas, o partido vai realizar um congresso extraordinário sem a participação de Lucas Ngonda.
Disse ser por iniciativa própria que Lucas Ngonda entende abandonar a vida política activa após esta fase de transição.
O porta-voz afirmou ainda que antes do congresso extraordinário o partido irá realizar um conclave ordinário nos dias 12 e 13 do corrente mês, para legalizar uma direcção transitória para FNLA.
O congresso ordinário da FNLA é considerado como um evento de compromisso e nele vão participar todas partes que assinaram o memorando de entendimento, segundo a fonte.
Quanto ao clima de divergência que dividiu o partido nos últimos anos, Gerónimo Makanda assegurou que após a assinatura do Memorando de Entendimento, a organização está agora mais coesa, sem intrigas e com mais vontade de trabalhar para os próximos desafios políticos.
Avançou que a reconciliação dos membros antes divididos em alas foi consolidada em reunião em que participaram quatro grupos, designadamente a direcção do partido liderada por Lucas Ngonda, o grupo dos reformistas, a ala do ex-presidente Ngola Kabango e o grupo de Carlitos Roberto, filho do líder fundador, Holden Roberto.
“Temos trabalhado em conjunto, trocando correspondências. O importante agora é que todos respeitem as decisões tomadas”, explicou o porta-voz.
Após a conclusão deste processo, a FNLA estará em condições de concorrer às eleições autárquicas previstas para 2020 e as gerais de 2022, de acordo com Gerónimo Makanda.